(Foto: templo de Diana, Évora, vista da janela lateral do Palácio Episcopal, por Dy Eiterer, janeiro de 2016)
Da janela
lateral,
Não era um
quarto de dormir,
Mas grades que
prendiam,
Há séculos,
sonhos.
Entre as
barras firmes,
Os olhos que
resistiam
Chegavam ao
Templo
E, aquilo que
a boca não podia dizer,
Os olhos
suplicavam à Diana:
Eram saudades
Da liberdade
selvagem ancestral.
Escapavam
pelas frestas
Da Casa
Paroquial
preces pagãs
De um
sentimento original.
Pouco importa
se cabe ao corpo o açoite.
A alma é livre
e dança ali nas ruínas.
Ouço seus
ecos.
Ouço seu
melodia.
Acolho em
minha retina,
Em minhas
lentes,
A visão mais
bela,
Mais sofrida,
Mais real do
tempo que passou,
Mas que ainda
permanece.
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