Ela
dança.
Os olhares se
prendem nela. Sua alma empresta a leveza para o corpo e ela flutua.
Ela poderia,
assim, escolher quem ela quisesse, se soubesse o tamanho de sua energia.
Poderia morder os sentidos de qualquer um.
Ela poderia ser de quem lhe entendesse a mão. De qualquer um que já lhe ofereceu uma bebida ou tirou pra dançar, mas não. Ela escolheu você.
Ela poderia ser de quem lhe entendesse a mão. De qualquer um que já lhe ofereceu uma bebida ou tirou pra dançar, mas não. Ela escolheu você.
Ela se desvia
de todos os olhares para cair no seu. E, acredite, dá pra sentir daqui o toque
dos olhos dela sobre sua pele, naqueles instantes em que, distraída, ela se
prende em sua imagem.
Dá pra ver o brilho
dos olhos dela quando as luzes se apagam e o pensamento visita seu nome.
Dá pra saber
que hoje ela tem certeza de que encontrou alguém a quem seguiria até os
confins.
Ela sabe que
atravessou seus desertos só para ver você, mas o medo de ser uma miragem faz
com que ela se paralise.
Ela dança.
Dança e sonha
com os olhares que se cruzaram e pede aos céus que, um dia, os ventos a
acalmem. Que lhe concedam a paz e o sono tranquilo. Que seu corpo seja o último
lugar que os olhos dela pousem à noite e a primeira aparição de beleza pelas
manhãs.
Ela sonha. E à
sua espera, ela dança.
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