Não há tempo que não vire,
Céu que não se parta ao meio.
Das brisas que guardo no peito,
Sopro minhas calmarias em sua fronte:
Descansa, prenda minha!
Guardo seus sonhos e afagos,
Guardo minhas forças e fogos.
Repouso em seu peito-cais,
Ouvindo as ondas de desejos.
Quase descanso do longo dia,
Mas resisto entre cochilos
E sigo atenta aos sinais de ventania.
Rasgo o ventre em tempestades,
Parindo trovões,
Iluminando madrugadas:
Desperto seu sono
E ressoo canções antigas.
Luta ao meu lado, prenda minha!