Antes, tudo era queda.
Pensava em alturas e tombos.
O corpo caído no chão, cacos.
Meus desejos flutuando nas escuridão,
Sussurrados num silêncio atordoante
A boca entreaberta de ventanias
Um tanto de sopro outro de furacão.
Esbravejando minha pouca sorte,
Contando sombras e noites.
Agora, é queda livre.
Vôo abandonado em por do sol
Penso alturas e incandescências
E deixo o corpo pousar no chão
Onde quer que seja, onde que queira
Não mais fogo contido,
Mas incêndios provocados.
Sou chama viva.