Visitas da Dy

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Cargas

 




Caminhos... caminhos e pesos e cargas.

Carreguei uma bagagem pesada

Curei dores, abandonei amores,

Senti espinhos na carne 

Feri mãos que ousaram me tocar.

Venho carregada de marcas,

 Venho repleta de sombras,

Mas não lhe soterrarei com meus fardos.

Ofereço-lhe meu par de asas .

Aceita minha leveza!

Demorei muitas luvas para criá-la.

Atravessei muitos sós para me libertar.

Receba em suas mãos meu corpo cansado.

Faça-me um afago

 E cante uma canção

 Às vezes, só preciso de dois dedos de prosa

 E de adormecerem seu peito

Onde me esqueço da solidão

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Exposição

 




(Dy Eiterer, em 02/12/22, para Ticha Mourão)


Eu vi uma ideia nascendo,

parada no meio da tarde, 

Entre rabiscos, entre palavras.

Um monte de ideias soltas,

Várias mentes fervilhantes, borbulhantes. 

Eu vi uma ideia nascendo, eu vi uma ideia tomando forma,

Se transformando em palavras,

Se transformando em recortes,

Se transformando em caminhos de saberes,

Mas, ao mesmo tempo, labirintos de fazeres:

Qual o próximo passo? 

Como realizar tudo isso que a alma sonha,

Mas as mãos não sabem construir?

Ah, mas há mãos que se encontram...

Há mãos que constroem! 

Eu vi uma ideia se transformando, 

Ganhando forma, ganhando beleza,

Sendo um caminho percorrido pelos olhos

 E não apenas pelos pés. 

Eu vi uma ideia se transformando em realidade, Em história, em vida.

Tudo aquilo que é sonhado com almas caprichosas

(e disponíveis a fazer)

Se torna material, 

Encanta quem acompanha a sua transformação e criação.

Eu vi uma ideia se transformar em arte!