Visitas da Dy

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Entrelinhas II



De que me adianta o papel
Sem a caneta?
De me adianta escrever
Se minhas idéias parecem sem sentido?
Alguém as lê?
Às vezes trilho as linhas de um caderno
Marcando-as com meus pensamentos,
Para quê?
Quem liga se estão ou não inundados de sentimento?
Alguém me entende?
Ah, quisera eu ser como os poetas
Que mesmo sem nos conhecer
Nos descrevem a alma,
Alentam nossa agonia,
Nos trazem paz e calma...
Ah, quisera eu, um dia,
Encontrar pelos caminhos que faço
Um ser que entendesse
Que entre essas linhas
Há as minhas entrelinhas
Que por trás das palavras
Há um coração
Que bate,
Que pula,
Que se perde,
Que se acha.

Sempre e por todo lugar




O mundo é pequeno,
Mas pode ser que nossos caminhos teimem em se afastar.
Ainda assim, teremos atalhos,
Abriremos trilhas
E voltaremos a nos encontrar.
O tempo não para
E escorre pelos nossos dedos:
É nosso limite inventado,
Nossa prisão sem paredes,
Estreita os laços e distancia o que se desfez...
Quando eu me perder no tempo,
Quando eu não reconhecer esse mundo
Vou correndo por mar
Vou subir na pedra mais linda, mais alta
Vou gritar para o vento.
Acolherá meus resquícios de solidão
Porque ele é meu velho amigo
Mais velho que os séculos
E velhos amigos
Nunca se perdem no tempo
Velhos amigos
Foram feitos para se encontrar
Sempre e por todo lugar.