Visitas da Dy

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Fins de tardes

 





Não tenho as cores de um verso.

Por vezes, aproximo-me das cores do céu:

Laranja-avermelhado de paixões

Que invadem meu corpo-substantivo

Permeando-me de adjetivos.

Palavras tantas que me perco:

Derramo sussurros intensos

Com poucos significados literais,

Mas profundamente sinceros

Porque traduzem lampejos de vida,

Lampejos de luzes,

Entregas de prazer e poesia.

A arte colore céus em fins de tarde

E eu sofro de aquarelas em suas mãos.

domingo, 22 de maio de 2022

Véu de nuvens

 






Habitam os céus, os sonhos de toda gente,

As preces feitas em prantos,

As vozes em glórias e festas.

Habitam os céus, os sussurros dos que amam

E sob os olhos dos que ousam,

Rasgam-se as nuvens em rara beleza:

Selam-se destinos, lábios e corpos

Escrevem nas peles seus segredos

Só o luar prateado entende os olhos noturnos

Pois é neles a sua morada

E só deles nascem desafios e promessas.

Habitam os céus, os suspiros dos poetas

E rasgam-se na terra o ventre-verso,

Verbo apaixonado por ela,

A lua cintilante

Que hoje se esconde sob seu véu de nuvens,

Mas povoa pensamentos.