Visitas da Dy

quinta-feira, 7 de março de 2013

O nascer do sol, mais um dia!

              

              É assim que surge uma nova página de nossas vidas, que chamamos de dia: as nuvens amanheceram lilases, cansadas de seus brancos tradicionais; algumas mais petulantes desfilavam rajadas de laranja. Logo cedo a cabeleira do sol, ainda desgrenhada, porque ele havia acabado de acordar, se misturou às nuvens já coloridas e em pouco tempo estava tudo muito claro. 
              O sol, esse menino meio sapeca, meio bronzeado e bronzeador não queria ir embora, mas depois de ter brincado de "boca de forno", colocando-nos quase que nas próprias brasas, tamanho era calor, ele desistiu e foi dormir. 

              (É que as crianças também se cansam!!) 

              A dona lua já está por aqui, mas ainda carrega o calor de todo o dia... Ela é moça jovem pra casar: desfila com seu vestido cravejado de pequenos brilhantes, as tais das estrelas. Dizem que ela olha para a Terra procurando o seu amor, mas só encontra os olhares dos poetas.

terça-feira, 5 de março de 2013

Nem sei se quero...


Foto: Dy Eiterer por Sarah Azavezza

Tem gente que reclama do sol
Eu escuto um rock'n'roll
Tem gente que reclama da chuva
Eu faço piadas sobre casamento de viúva
Tem gente que faz poesia
Eu escrevo tudo que posso, pra folha não ficar vazia!
Alguns poetas escolhem suas rimas com esmero
Eu nem sei se é uma rima que eu quero!

Escrever é uma saída,
Uma fuga,
Uma luta:
A tinta teima e mancha o papel
A palavra teima e escapa pela boca
Minha alma se mostra nas entrelinhas.

(Só pra constar: a trilha sonora da composição é Alexandre Nero e Maquinaíma)

Versos





E sobre os meus versos:
Às vezes nascem em meu silêncio
Em outras saem dos meus gritos
Mas eu gosto mesmo é de ver
O movimento dos lábios a declamar!
Eu gosto mesmo é de ouvir
Aqueles versos que eu fiz...
Ganhando vida em uma voz rouca.
Poesia é mesmo uma coisa louca

segunda-feira, 4 de março de 2013

Verde




Sempre que olho nos meus próprios olhos
Me perco e te acho,
Mas se as cores não são as mesmas,
Por que as lembranças seriam?
Deve ser a cor dessa manhã
Deve ser o ritmo da sua última manha
Ai de mim que me perco pra te achar...
Ai de mim que amo o teu verde,
Sendo fruta quase madura.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Chão




Tenho livros que já não cabem na estante.
Tenho ideias que não ficam quietas dentro da cabeça,
Antes que eu me dê conta a boca fala:
Despeja todas as minhas palavras,
Esvazia o coração.
E a alma? Essa ficou toda exposta, estirada no chão...
– Deus me ajude que ninguém a pise!

Escape



Preparo-me pra dormir
Puxo o cobertor e fecho os olhos...
A caneta salta em cima da mesa
As folhas de papel voam pelo quarto.
Permaneço calada, mas as palavras me gritam.
Não fui eu quem escolheu a poesia:
Ela é que faz de mim o seu escape!

Rio de Janeiro ou de Março?


“O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro, fevereiro e março...”






O Rio é de Janeiro, mês em que eu me preparei para me mudar e ser recebida pelos braços abertos do Cristo Redentor há alguns anos atrás...
O Rio é de Fevereiro, mês que me mudei para a cidade Maravilhosa, mês do carnaval, de sol, de sal, de mar...
O Rio é de março, primeiro de março! Completando hoje seus 448 anos de existência, charme e encantamento sobre os seus cariocas, privilegiados por nascerem na terra onde os 3 “s” são constantes (Samba, Sol e Sal) e, claro, sobre aqueles que não nasceram em suas terras, mas tiveram o prazer de conhecê-la!
O Rio de Janeiro é balanço bom, samba-rock-bossa-blues que se reflete no andar dos cariocas: elas a balançar as barras de suas saias pela orla da Barra, Ipanema ou Copa ou ainda distraídas pelo Passeio (Público) num fim de tarde. Eles com sua malandragem, jeito gingado e atraente com suas pranchas, bermudões ou devidamente engravatados, na correria frenética que nos embala.
Ah, o Rio de Janeiro... se eu pudesse não ia nunca deixar esse lugar pra trás... ou melhor: puxaria seu mar pra mais perto das Minas Gerais! Tomaria um mate gelado com meu ‘pãdiquêjo’ sentada em uma montanha, molhando meu pé no seu mar!
Se eu pudesse nunca mais esquecer os momentos que passei aqui... não perder nenhum instante, nenhum lugar que visitei, meus olhos famintos de novidades e brindados a cada piscada com o novo!
Terra de samba... muitas rodas de samba! De cerveja gelada, de amigos animados!
Terra de suor... de gente que levanta cedo pra trabalhar, pra estar lá quando a gente vai por trabalho!
Terra que não dorme nunca! Seja em sua vida boêmia, seja em seus braços trabalhadores. A engrenagem não pode parar. Nossos sonhos têm que continuar e lá se vai o Rio de Janeiro os embalar!
Terra de história! De museus maravilhosos onde o cheiro dos séculos passados ainda está preso nas cortinas de veludo e brocado e os passos ecoam nas tábuas corridas de seus corredores.
Terra das artes, das belas! Onde desfilam por nós Tarsila, Pedro Américo, Niemeyer, Portinari, Rembrandt e Renoir, Burle Max e Mestre Valentim.
Terra de mares... É o Rio que navega pro mar ou é o mar que não resiste e joga as suas ondas para o Rio? Paixão recíproca entre o azul profundo e o laranja dourado, que doura as peles, aquece os corações e faz de nosso despertar um eterno carnaval, essa folia que se dá no peito cada vez que amanhece mais um dia.
Rio de ventos e velas, de mansões e favelas, de gente nova e velha, que mescla sentimentos e emoções, que acolhe, que aquece, que entorpece!
Ao Rio dos meus encantos, de janeiro, fevereiro, de todo ano, que seus 448 anos sejam saudados por todos que te conhecem e que te amam!
Que seu encanto não permaneça, aumente!
Que o mundo te conheça e se apaixone!