(Texto para o espetáculo MANDALAS, do Studio Tablado Árabe Nabak, em 17/12/2022)
A primeira história tem a idade do primeiro movimento do mundo.
Antes de toda palavra escrita a história já existia.
Nós já contávamos as nossas histórias com nossos corpos e tudo começa na infância.
A infância é o círculo inicial de toda a vida. Tecemos, ainda jovens, os nossos círculos de afeto: os familiares, as amizades, os amores, os nossos vínculos mais profundos.
Giramos em torno do que mais amamos. Dançamos nos círculos do mundo que criamos através de nossos sonhos, de nossas experiências, de nossos impulsos e reflexões.
Somos energia de criação.
Somos energia pulsante e nesse círculo da vida formamos mandalas de saberes, de histórias, de alergias e de tristezas, de crescimento e evolução.
Passamos por diversas formações e cá estamos: ora ao centro, ora às margens, mas sempre rodeados de amor e vida.
Partimos de um ponto único: a terra. Voltaremos ao mesmo ponto: a terra.
Movemos um grande círculo de tempo e as mandalas são as danças desse tempo ao longo de nossas vidas.
Hoje, contamos nossa história através do corpo, através do movimento, através da dança e de sua beleza, de suas amplitudes.
Hoje, contamos a nossa história com a dança através dos círculos.
Hoje somos mandalas em movimento.
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