(Poesia-repúdio em defesa da Democracia, da República e do Patrimônio Cultural, Histórico, Artístico e Arquitetônico vandalizados nos atos criminosos e bolsonaristas, em Brasília, no domingo, 08/01/2023).
Vi ontem, na imundície do pátio,
Animais ensandecidos, em galopes alterados,
Devastaram desde a grama
(Que outrora comiam)
À arte que os representava
(Mas essa, eles não entendiam).
Vi ontem, um bando desordenado
Vomitando ódio, defecando escárnio
Em prédio público, em coisas públicas,
Pelo fato de serem mimados.
A cegueira dessa gente é de alma:
Pedem armas contra todos,
Mas quando voltam-se para eles, choram.
Essa gente grita, esbraveja e pede intervenção,
Mas quando ela chega, repudia a repressão.
Alegam estar dentro das quatro linhas,
Mas rasgaram a Constituição.
Diziam-se democráticos,
Mas atentaram contra a Nação.
Fiéis cegos de um genocida,
Discípulos de uma plana geografia,
Oradores de rasa filosofia.
Destruidores da memória.
Manchadores do tempo e da História.
Seus nomes não serão esquecidos.
Estarão no hall da infâmia,
Junto com outros bandidos.