Aos poucos vou guardando (quase) tudo.
Criando caixas de memórias.
Há as promessas não cumpridas,
Os desejos que me confessou
(E que permanecem distantes),
E as distâncias - nunca encurtadas.
Vou guardando tudo o que me disse
Os vinhos ainda fechados
E as noites que não acendemos
(É que sempre imaginei noites-fogueiras ao seu lado).
Vou guardando saudades do cheiro que inventei,
A voz pouco ouvida,
A vida desistida.
Porque embora eu seja feita de tempos,
Às vezes, também sou abandonos
E guardar tudo isso é um exercício:
Um abandono de esperanças
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