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sexta-feira, 5 de março de 2021

Sem controle

 




Eu que sou de correrias,

Que acordo em euforia...

Eu que trovejo ao meio-dia

E danço na chuva à tardezinha...

Eu que nunca fui de paradas,

Nunca fui de pousar,

Nunca encontrei o motivo da chegada

E, até então, gostava mais das partidas

E era acostumada aos adeuses...

Eu que nunca perdia o controle...

Aprendi, de repente, a olhar devagar.

A desacelerar o tempo.

A querer ficar.

Onde foi que eu perdi o controle?

Quem souber, avise, 

Que não volto lá pra buscar.

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