Visitas da Dy

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Do Muito e do Pouco






Sobre meus olhos e olhares,
Há muito e há pouco.
Falta-me um pedaço de céu.
Falta-me o verde que voa desprendido.
Para meus olhos, sobra-me o café:
As escuridões e seus mistérios,
Um tanto de segredos madrugais.
Muita energia e pouca disposição para dormir.
O calor e as intensidades castanhas.
Sem estonteantes curvas,
Tonteio-me com detalhes.
Curvam-se diante de mim
Os exóticos caminhos poéticos
Que entorpece mais pela rima,
Mais pelo jogo de palavras
E para onde elas levam
Do que pelas estradas em si.
E se poetizo é por teimosia.
É por fazer das palavras brinquedos
Que deixo jogados sobre o papel,
Folhas vazias, rascunhos de dias
E são as mesmas palavras
Nas quais tropeço aos seus pés
Ao ensaiar o meu tímido bom dia.
Em queda livre fraturo meu coração
Faço de mil cacos um inteiro.
Imperfeita opção de doação.
Se faltam-me os padrões
Sobram-me intenções.
Aceitá-las ou deixá-las
É questão de liberdade.

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