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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ávida


Na ausência do rosto, o nome.
Na falta do nome, o sonho.
Queimando no sonho, o desejo.
Desejo da noite chegar,
De me perder pela lua,
De ter as estrelas nos olhos,
De ter o mar sob meus pés
E de não me conter.
De na me caber em mim,
De extrapolar, enfim,
O que carrego nas voltas do meu coração.
O que atrapalha e atropelo meus pensamentos.
Que me faz mais leve que o vento,
Que me dá mais voltas que um labirinto,
O que me faz cada vez mais, mais...
Ávida.
Ávida pelo fio-condutor
Ávida pela ciência de ser-te,
Saber-te, conhecer-te
Aqui e a sós,
Desembolar teus nós, em nós, nos lençóis.
Ávida por ter-te.

Tu que és sem ser.

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