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terça-feira, 16 de junho de 2020

III - O Navio / O Mar


Largo e profundo, de mistérios e encantos.
Quanto de teu sal verti em solidões?
Quanto de teu azul nasceram de minhas dores?
Quantas de tuas ondas foram partidas?
Mas, o que parte aqui, chega adiante,
A margem é distante, mas, tangível.
E se te fazes forte na tormenta,
É que conheces bem o caminho:
Dentro em breve haverá bonança.
Aceita teus ais, tuas idas, asas partidas
E lança teu navio ao mar.
Só ele (e o tempo) são a cura,
A transformação, o novo cais.
Aceita tua rota, segura o leme e vai.






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