Visitas da Dy

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Colheita





Tenho, pois, mãos entreabertas
Prontas a colher a ti e tuas flores.
Tenho, pois, outonos inteiros
Para serem aquecidos pelo café
E seus cheiros.
Sou do tempo de agora
Tanto quanto já fui das fogueiras.
Sou dos ventos bravos e brandos,
Das urgências e pausas cheias:
Paro o relógio com um sussurro,
Acelero teu peito com um beijo.
Se me tomas pela mão, nego o arreio:
Dou galopes selvagens, desnorteio
Corto o teu céu (da boca) como um raio,
Mas, cedo à luta, repouso em teu leito.


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