Visitas da Dy

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Dente-de-leão



Sou uma folha ao vento.
Talvez, um dente-de-leão intrépido.
Lanço-me no voo leve, breve.
Solitária e acanhada.
Tenho as rimas que me bastam,
Os versos que eu mesma faço.
Meu mundo não é imaginário:
É imaginado!
Cada detalhe, Cada sutil detalhe:
De onde está você,
Onde estou eu,
E onde está em mim.
Às vezes é tudo muito difícil.
É que eu gosto da sensação de superar obstáculos.
Gosto de saber que posso ir além de onde alcança a mão,
De onde o pé sabe ser firme.
Gosto mesmo é do gosto que o medo deixa:
E mais ainda do que fica depois que venço.
Crio tudo ao som de boa música:
Danço sob o sol,
Visto-me de cigana, de Ana, de dama,
Rodo a saia em plena avenida,
Na correria, na contramão.
Envelheço, mas continuo menina.
A menina que sorri, que chora, que brinca.
A menina que parece ter sido feita pra mim.
Que eu fiz, desenhando com lápis de cor e afeto.
A menina que admira flores na primavera,
Mas que se encontra no outono,
Quando as folhas caem das árvores,
Soltas ao vento.
É que eu sou folha ao vento.
Talvez, um dente-de-leão intrépido.

0 Comentários:

Postar um comentário