Sou uma folha
ao vento.
Talvez, um dente-de-leão
intrépido.
Lanço-me no
voo leve, breve.
Solitária e
acanhada.
Tenho as rimas
que me bastam,
Os versos que eu
mesma faço.
Meu mundo não
é imaginário:
É imaginado!
Cada detalhe, Cada
sutil detalhe:
De onde está
você,
Onde estou eu,
E onde está em
mim.
Às vezes é
tudo muito difícil.
É que eu gosto
da sensação de superar obstáculos.
Gosto de saber
que posso ir além de onde alcança a mão,
De onde o pé
sabe ser firme.
Gosto mesmo é
do gosto que o medo deixa:
E mais ainda
do que fica depois que venço.
Crio tudo ao
som de boa música:
Danço sob o
sol,
Visto-me de
cigana, de Ana, de dama,
Rodo a saia em
plena avenida,
Na correria,
na contramão.
Envelheço, mas
continuo menina.
A menina que
sorri, que chora, que brinca.
A menina que
parece ter sido feita pra mim.
Que eu fiz,
desenhando com lápis de cor e afeto.
A menina que
admira flores na primavera,
Mas que se
encontra no outono,
Quando as
folhas caem das árvores,
Soltas ao
vento.
É que eu sou
folha ao vento.
Talvez, um
dente-de-leão intrépido.
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