Visitas da Dy

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Do muito e do Pouco




Quantas vezes nos pegamos ouvindo uma canção e lembrando de um momento, de uma pessoa? Temos uma série de músicas que fazem a trilha sonora de nossa vida.
Minha vida tem trilha sonora e a maioria das músicas faz parte do repertório do Oswaldo Montenegro.
Hoje, pela quarta vez, fui a um show dele. Belíssimo ver o quanto ele é simpático, o quanto ele respeita o público e o quanto há de amor e sinceridade nas canções que ele apresenta.
Mais uma vez pude me emocionar com cada parte do show. Chorar quando a música cortava o coração, quando falava dos amigos que me são caros, de quem deixei longe, dos que amo.
É preciso destacar que num show onde só há duas pessoas tocando, o clima intimista ajuda a coisa a fluir mais pessoal, mas mesmo quando há a banda a sensação é muito próxima.
Pude, hoje, cantar a plenos pulmões canções que há muito não cantava, que me emocionam, que fazem ter vontade de sair dançando, declarando toda a sorte de sentimentos que me vem na alma.
Hoje compartilhei um momento maravilhoso com pessoas que amo, que me viram tremer, chorar, rir, cantar e sair de um espetáculo completamente feliz, leve, tomada por um amor que só faz crescer, extasiada, plena.
Deixei que vissem minhas lágrimas escorrer, que entendessem que parte daquelas palavras cantadas pareciam sair do meu próprio coração, que a alma que muitas vezes fica presa nesse corpo que não sabe se expressar ganhou espaço, asas, voz e vez e se mostrou ali, diante do palco, diante de dois grandes talentos da MPB.
Do muito que vi e senti, resta-me pouco a dizer, porque palavras nem sempre são fieis ao que se passa em nosso coração. Do pouco que vivi, tenho muito a agradecer, porque a vida se torna boa nas horinhas de descuido que encontramos a felicidade.
Dia 28 tem mais um show, onde vou me emocionar de novo, com outra intensidade, claro, o momento faz com que as emoções se intensifiquem, se modifiquem,       “as coisas se transformam e isso não é bom, nem mau” só são circunstâncias que a vida nos impõe.
Quem puder, que veja o show, que ouça as músicas dele ou de qualquer outro, mas que se deixe levar pelo som doce de uma flauta embalada pelos anos de um amor pela arte.
Que meus amados companheiros dessa noite não se prendam ao papel, que beira o ridículo, que fiz hoje ao chorar pelas canções e pela emoção de ver um cantor, cuja carreira é bem mais velha que eu, mas que saibam entender que “metade de mim é o que penso e a outra metade é um vulcão”.

*** Para Nanda e Betinho, companheiros dessa e de muitas outras noites, cada um com o devido amor que lhe cabe.***


0 Comentários:

Postar um comentário