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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Confissões I


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Tá certo! Cansei de fazer jogo duro, de esconder as verdades: eu confesso! C-O-N-F-E-S-S-O!
Não sou essa boa moça que fica sorrindo nas fotos dos álbuns espalhados nos murais das redes sociais. Não sou um modelo de mulher perfeita: nem comportal, nem fisicamente!
Muitas vezes eu tento, mas nem sempre sou politicamente correta! Não chuto cachorro morto, não roubo pirulito de criancinha, mas sim! Roubo brigadeiros antes dos parabéns em TODAS as festinhas que vou!
Não eu não gosto das regras da sociedade. Acho que são chatas, limitadoras e sempre que posso quebro todos os protocolos, mas um dia me ensinaram que “manda quem pode, obedece quem tem juízo” e de vez em quando, mesmo seguindo a linha “rebeldezinha” eu tenho que me render, confesso que não gosto, mas me rendo.
Sim, eu ajo por impulso! Saio correndo pro mar, de roupa e tudo e jogo o sapato e a bolsa na areia da praia – e quem já foi à praia comigo sabe que não importa se são dez da manhã, quatro da tarde, sete da noite ou cinco da madrugada: entro no mar nem que seja só pra molhar os pés.
Ah, também falo o que eu penso! Crime terrível nos dias de “política da boa vizinhança” comigo se a vizinhança é boa, não precisa de política! Ta, preciso de diplomacia, mas fujo dela! Por que não dizer o que penso? Por que esconder meus sentimentos? Ah, não. Verdade seja dita: e eu digo. Pode doer, eu sei, mas depois passa.
É eu erro sim. Muitas vezes, e é ruim demais. Detesto estar errada! Mas também não acho que seja a dona da razão ou da verdade, mas é que defendo os meus pontos de vistas com unhas, dentes e paixão.
Cair em erro é cruel pra nós mesmos. Demoro a me perdoar. Se eu faço uma escolha errada choro, me descabelo e esse drama dura uns 15 minutos no máximo e não me arrependo. Não consegui aprender a me arrepender ainda. Acho que não tive tempo pra isso.
Acredito que erro por descuido ou displicência... algumas vezes por inocência, por acreditar na boa-fé dos outros, por achar que todo mundo exercita os mesmos valores que eu. Mas já errei por maldade, pra enganar alguém – por bons motivos, eu acho – mas que não deixaram de ser maldades: desviar um caminho, não entregar um livro pra ter que ir leva-lo pessoalmente no outro dia, essas maldadezinhas que “acontecem”. Maldade grande acho que nunca fiz. Não consciente.
Até sei o que é certo e o que é errado, mas sempre questiono esses parâmetros, porque na maioria das vezes o que me parece errado tem um gostinho bom: não é certo matar aula, mas quando está com seus amigos tomando um banho de chuva na linha de trem e se tem 14 anos isso é ótimo! Também não é bom atrasar suas leituras obrigatórias, mas quando é pra se assistir a um filme que vai entrar em cartaz vale a pena. Tem umas coisas erradas que eu adoro: por a mão pra fora do carro na estrada; pegar carona na internet sem fio do vizinho que não usa senha e que a velocidade é beeem maior que a sua, essas coisinhas que não são certas, não estão na listinha do ‘politicamente correta’, mas que eu gosto. E faço de vez em quando.
Eu gosto das palavras. Das palavras cruas, sem muitos arranjos. Gosto da maneira como elas me mostram e mostram o que sinto. E de como outras pessoas se acham nessas palavras que se fazem minhas.
Gosto de sentir o gosto delas saindo pela boca  e entrando pelos ouvidos até chegar aos corações e toca-los.
Gosto de como elas conseguem nos expor até nossos limites, de como arrancam lágrimas e sorrisos. Gosto de como elas podem ser ao mesmo tempo céu e inferno, alívio e agonia, salvação e perdição. Essa é a mágica das palavras. E não há palavra mágica. Todas elas são mágicas. Reveladoras. Esclarecedoras, ou não. Podem ser esconderijos, mascarar segredos e desejos, mas são sempre encantadoras e por isso exercem em mim tanto fascínio.
É... não um bom exemplo: ando na chuva, corro descalça, bebo refrigerante, não frequento academia e prometo que vou caminhar na praia todos os dias e nunca vou. Também conto mentirinhas: digo que está tudo bem quando não está, sorrio com vontade de chorar, e vou dormir na alta madrugada.
Não sou mesmo um bom exemplo, mas também nunca quis sê-lo. Só quero mesmo é ser feliz. E se assim está bom, que fique assim.
Vou ali ser mais feliz e volto amanhã, se eu me lembrar o caminho...

1 Comentários:

Anônimo disse...

Tá fixe minha querida amiga:curti.

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